Em nossa jornada pela vida, nos deparamos frequentemente com situações imprevistas que nos desafiam e podem colocar em risco nossa estabilidade financeira.
Uma reserva de emergência surge como um farol nesses momentos turbulentos, proporcionando um alicerce sólido para enfrentar despesas inesperadas e crises financeiras.
Neste artigo, vamos explorar o conceito de reserva de emergência, sua definição, utilidade nas finanças pessoais, razões para priorizá-la e, é claro, como construir sua própria rede de segurança financeira.
Sumário de Conteúdo
O que é reserva de emergência?
A reserva de emergência, no universo das finanças pessoais, é aquele dinheiro dedicado exclusivamente para lidar com circunstâncias imprevistas e despesas urgentes.
Ela representa um colchão financeiro que auxilia a evitar endividamento em momentos de crise, como perda de emprego, despesas médicas não planejadas, reparos em casa ou automóvel e outras situações financeiras imprevistas.
Por que fazer uma reserva de emergência?
Evitar o ciclo de endividamento
Quando as circunstâncias se tornam adversas, é comum recorrer a empréstimos de alto juro ou acumular dívidas.
No entanto, essa solução rápida pode gerar impactos negativos a longo prazo.
Ao ter um fundo dedicado para crises inesperadas que te resguarda num primeiro momento, você mantém uma posição financeira mais sólida e evita as armadilhas de atitudes mal planejadas.
Tranquilidade frente às incertezas
A incerteza financeira pode se transformar em uma fonte constante de estresse.
A pressão de lidar com despesas imprevistas pode ser esmagadora, prejudicando sua qualidade de vida e sua saúde mental.
A reserva de emergência entra em cena como um escudo protetor, trazendo tranquilidade à sua mente.
Saber que existe uma quantia dedicada a enfrentar situações inesperadas permite que você se concentre em encontrar soluções, sem ser assombrado pelas preocupações monetárias incessantes.
Preservação dos seus sonhos de longo prazo
Investir no futuro é uma prática financeira inteligente. No entanto, quando um contratempo ocorre, a tentação de tocar em seus investimentos de longo prazo pode surgir.
Embora possa parecer uma solução momentânea, essa ação pode minar seus objetivos de longo prazo.
Aqui é onde entra a reserva de emergência bem concebida.
Como fazer uma reserva de emergência
Se você chegou até aqui, provavelmente já entendeu por que fazer uma reserva de emergência e deve estar se perguntado: por onde começar?
Como fazer uma reserva de emergência? Acompanhe esses 5 passos para te ajudar nessa jornada.
1. Estabeleça um objetivo
Comece definindo o valor que você deseja atingir.
Para entender melhor como estabelecer o objetivo da sua reserva de emergência, imagine a seguinte situação:
Suponha que você seja um profissional autônomo. O primeiro passo é descobrir o seu gasto mensal que, neste exemplo, digamos que esse valor seja em torno de R$ 5.000 por mês.
Agora, determine por quanto tempo você gostaria de se proteger financeiramente em caso de imprevistos. Considerando sua situação de emprego e outras circunstâncias, defina quantos meses você acha adequado.
Vamos supor que você escolha três meses. Isso significa que sua reserva de emergência precisa cobrir R$ 5.000 x 3 = R$ 15.000.
Portanto, seu objetivo é acumular o valor de R$ 15.000 para garantir ao menos 3 meses das suas despesas básicas em caso de imprevistos.
Com esse valor definido, você pode traçar um plano realista para economizar e atingir sua meta ao longo do tempo.
2. Analise suas despesas
Faça um levantamento detalhado de suas despesas mensais. Some todas as despesas básicas como aluguel, alimentação, impostos, gastos recorrentes.
Leve em consideração também o quanto você gasta com lazer, se há parcelamentos e dívidas e os prazos das mesmas.
Ou seja, anote tudo o que faz parte do seu mês.
Isso ajudará a determinar o valor necessário para cobrir suas necessidades básicas durante um período de crise.
3. Crie um plano de economia
Baseado nas suas despesas mensais e no período de proteção que deseja garantir crie um plano para economizar regularmente até atingir essa meta.
Dedique uma parte de sua renda mensal à sua reserva de emergência antes de considerar outros gastos.
4. Escolha uma conta acessível
Mantenha esse dinheiro depositado em uma conta separada, de fácil acesso, como uma conta poupança ou uma conta corrente de baixa movimentação.
Isso garantirá que você possa acessar os fundos rapidamente quando necessário.
5. Persistência e Disciplina
O hábito de poupar não é tão presente para a maioria de nós. Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada neste artigo da CNN Brasil mostrou, dentre outros dados, que 69% dos brasileiros não conseguem guardar dinheiro.
Guardar dinheiro exige tempo e disciplina.
Mesmo que o processo pareça lento no início, lembre-se de que cada contribuição o aproxima mais da segurança financeira.
Ao construir e manter esse fundo, você evita a necessidade de recorrer aos seus ativos de investimento, protegendo seus planos futuros e mantendo seu curso financeiro intacto.
Aqui no blog você pode este artigo “Gastadores x Poupadores: como você lida com o seu dinheiro?” que fala sobre hábitos de consumo. Vale a pena conferir!
Conclusão
Em resumo, o por que fazer uma reserva de emergência vai muito além de uma simples precaução financeira.
Ela se transforma em um alicerce que sustenta sua estabilidade em tempos de crise, oferecendo uma alternativa sensata ao endividamento, proporcionando paz de espírito diante da incerteza e salvaguardando suas aspirações de longo prazo.
Portanto, ao construir seu futuro financeiro, lembre-se sempre de incluir a construção e manutenção de uma sólida reserva de emergência como um dos alicerces fundamentais do seu planejamento financeiro.
