No intricado universo dos investimentos, a Selic emerge como uma peça-chave, ditando os rumos da economia.
Como taxa básica de juros no Brasil, ela não apenas reflete a política monetária do país, mas também exerce uma influência vital sobre a renda fixa.
E é sobre a influência da Selic na renda fixa que você vai ler neste artigo. Vamos explorar como suas nuances permeiam esse cenário, moldando estratégias, retornos e as expectativas dos investidores atentos ao pulsar do mercado financeiro.
Sumário de Conteúdo
Qual a influência da Selic na renda fixa?
Algumas das modalidades de investimentos têm sua rentabilidade diretamente influenciada à Taxa Selic.
Isso significa que quando ela sobe ou desce, esses investimentos acompanham essa mudança.
Eles fazem parte da categoria de investimentos de renda fixa, que oferecem uma maneira estável e mais previsível de fazer o seu dinheiro crescer, em contraste com os investimentos de renda variável.
Como a Selic afeta a renda fixa em diferentes modalidades
Títulos Públicos
Os títulos públicos são emitidos pelo Governo Federal e são considerados investimentos de renda fixa.
Entre eles, existe o Tesouro Selic, um título pós-fixado cuja rentabilidade está diretamente ligada à variação da taxa.
Isso significa que, se ela aumentar, a rentabilidade do título também tende a aumentar. Da mesma forma, se diminuir, a rentabilidade do título pode cair.
O investidor que aplica em Tesouro Selic verá seu dinheiro render de acordo com a variação da Taxa Selic durante o período de investimento.
CDBs (Certificados de Depósito Bancário)
Os CDBs são títulos de renda fixa emitidos por bancos.
Alguns CDBs têm sua rentabilidade atrelada à Selic, o que os torna investimentos sensíveis às mudanças nessa taxa.
E mais uma vez, se há um aumento nos números, a rentabilidade dos CDBs atrelados a ela também tende a subir.
No entanto, é importante observar que a rentabilidade final pode ser influenciada por outros fatores, como a taxa de juros acordada no momento da compra.
Fundos DI e Fundos de Renda Fixa
Os fundos de investimento DI e os fundos de renda fixa também podem estar diretamente ligados à taxa básica.
Esses fundos aplicam parte do seu dinheiro em títulos públicos e em outros ativos de renda fixa, e a rentabilidade deles costuma acompanhar a variação.
Poupança
A poupança também é considerada um investimento de renda fixa, onde você deposita seu dinheiro em uma conta poupança em um banco.
A rentabilidade da poupança é composta por duas partes: uma taxa fixa de juros mais a Taxa Referencial (TR).
A taxa fixa de juros é de 0,5% ao mês, ou seja, 6% ao ano, e a TR é um índice calculado pelo Banco Central que reflete a variação da inflação.
A relação da poupança com a Selic está na forma como a rentabilidade da poupança é calculada.
Antes de 2012, a poupança tinha uma regra chamada de “TR + 0,5%”, o que significava que a rentabilidade era a soma da Taxa Referencial mais 0,5% ao mês.
No entanto, a partir de maio de 2012, com a intenção de tornar a poupança mais atrativa em tempos de queda da Selic, uma nova regra entrou em vigor.
Agora, sempre que a ela estiver igual ou abaixo de 8,5% ao ano, a poupança passa a render 70% da Taxa Selic mais a TR.
Vamos ver isso na prática:
- Se a Taxa Selic for maior que 8,5% ao ano, a poupança continua a render a regra antiga, ou seja, TR + 0,5% ao mês.
- Se a Taxa Selic for igual ou menor que 8,5% ao ano, a poupança começa a render 70% da Taxa Selic mais a TR.
Impacto da Taxa Selic Baixa
Quando a Taxa Selic está baixa, como foi o caso nos últimos anos, a rentabilidade da poupança também fica mais baixa.
Em cenários com a taxa básica de juros muito baixa, a rentabilidade da poupança pode ser inferior a outros investimentos de renda fixa que seguem a variação da Taxa Selic de forma mais direta.
Conclusão: taxa Selic influência os investimentos
Os investimentos atrelados à Taxa Selic são uma opção atrativa para aqueles que buscam a segurança da renda fixa e não querem se aventurar em investimentos mais voláteis.
É importante destacar que além dela, outros fatores podem influenciar a rentabilidade dos investimentos, como riscos específicos de cada ativo, prazos de vencimento e taxas de administração.
Lembre-se, entretanto, que qualquer decisão de investimento deve ser tomada com base em seu perfil, objetivos financeiros e horizonte de investimento.
Consultar um profissional financeiro ou um assessor de investimentos pode oferecer uma perspectiva valiosa na tomada de decisões informadas e bem embasadas.